O bom planejamento permite ao empresário alcançar níveis satisfatórios de qualidade, diminuir os custos e aumentar a lucratividade do negócio.
Em resumo, a gestão pode ser desdobrada em três funções:
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Planejamento;
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Execução e controle;
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Monitoramento.
O planejamento exige alternativas potenciais de ação que satisfaçam os objetivos da empresa. É essencial avaliar os meios disponíveis para pôr essas alternativas em prática. A execução e o controle envolvem a responsabilidade pelos erros e defeitos, sendo que o reconhecimento e correção desses problemas devem ser realizados pelo supervisor da operação ou, preferencialmente, pelo próprio operador. Portanto, os funcionários devem estar bem informados sobre as técnicas e métodos de controle, para que tenham conhecimento das causas geradoras do defeito e para que possam manter a qualidade dos produtos. O monitoramento reúne três procedimentos essenciais que, se implantados no processo produtivo, favorecem a manutenção e a melhoria da qualidade dos produtos:
1) Inspeção na fonte
Quando as quantidades e modelos de produtos fabricados aumentam ou variam muito, as informações tornam-se excessivas e aumentam as chances de erros. Mais que uma técnica, é preciso atitude adequada para assumir um padrão tipo “Faz-Verifica”. A inspeção na fonte é uma atitude permanente de “ficar de olho” no processamento, no “como”, ou seja, refere-se ao cuidado com o sujeito e agente (homem ou máquina) e não com o objeto do trabalho.
Em síntese, a inspeção na fonte significa fazer conforme um método padronizado e pré-estabelecido, descrito no Roteiro de Produção. Com base nele, verifica-se o resultado e, se não for satisfatório, deve-se suspender a produção com erro até encontrar um novo método, mais adequado.
Assim, o ciclo é: planeja-executa-controla-aprova ou reprova. Se reprovar, inicia-se um novo ciclo, de atuação na causa e não no efeito.
2) Ação corretiva e preventiva
As Ações Corretivas e Preventivas são essenciais para evitar erros e defeitos e devem ser monitoradas formalmente pela direção da empresa. Por mais simples que sejam as operações para a produção de determinado produto, é essencial a definição de critérios e instruções claras sobre a recuperação de componentes ou produtos defeituosos. A partir da análise dos defeitos devem ser estabelecidos métodos para prevenir sua recorrência.
3) Melhoria contínua
Melhoria contínua significa o envolvimento de todas as pessoas da organização na busca constante e sistemática do aperfeiçoamento dos produtos e processos empresariais. O objetivo dessa proposta é melhorar o desempenho dos produtos e processos de trabalho, por meio do aprendizado e da criatividade.
No dia a dia, usa-se o Método PDCA (Planejar, Executar, Controlar e Agir Corretivamente) para manter os padrões e metas estabelecidos. Além disso, a empresa deve almejar constantemente atingir novas metas, para que elas se transformem em novos padrões, num ciclo contínuo.
Cabe salientar que quando a organização é receptiva a mudanças, menores são as resistências às melhorias. Para ter uma equipe disposta a melhorar continuamente, os empresários de pequenos negócios devem divulgar ações do tipo:
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Descartar ideias fixas e convencionais;
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Pensar em como fazer e não no por que não pode ser feito;
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Questionar práticas atuais que não atendem a seus propósitos, sem apresentar desculpas;
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Incentivar o “faça imediatamente”, mesmo que seja para atingir 50% dos objetivos, não procurando a perfeição;
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Se errar, corrija o erro imediatamente;
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Realizar melhorias com a criatividade e não com gastos em dinheiro. A criatividade surge com a necessidade;
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Diante de um problema, utilizar a pergunta “por quê?” pelo menos cinco vezes até encontrar a causa;
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Buscar ouvir o maior número de pessoas. As sugestões de melhoria são infinitas.
Cabe ao empresário entender a importância de estabelecer desafios constantes para o sistema produtivo. Assim será possível alcançar níveis melhores de qualidade que terão impactos em todas as dimensões do seu negócio.
Fonte: Sebrae Nacional – 06/11/2015